Leitura e escrita

Professores inventando cotidiano

4 minutos Roland Barthes, no ensaio Escritores, intelectuais, professores, com base na dicotomia fala vs. escrita, distingue o professor do escritor. O primeiro está do lado da fala; o segundo, do lado da escritura. O semiólogo aponta que entre os dois está o intelectual, aquele que publica e imprime a sua fala. Evidentemente, pode haver sincretismo de papeis, pois não há propriamente incompatibilidade entre a linguagem do professor e a do intelectual. Durante muitos anos, aquilo que era impresso e publicado como material didático e distribuído Leia mais

O conto dramático

4 minutos Na expressão conto dramático, conto deve ser entendido sob a perspectiva bakhtiniana, isto é, como um gênero do discurso, um tipo relativamente estável de enunciado. Costuma-se definir o conto por oposição ao romance. Enquanto o romance é uma narrativa mais longa, o que caracteriza o conto é o fato de ser uma narrativa curta, condensada, centrada num único evento, com poucas personagens e abdicando de análises e descrições minuciosas. Por ter extensão limitada, o conto procura capturar um instantâneo. Cortázar compara o Leia mais

Mesmas palavras, diferentes sentidos

5 minutos Em artigo recente, Os estudos sobre a significação remontam à Antiguidade, expliquei o que é semântica e do que ela trata. Mostrei ainda que, embora se considere que a disciplina semântica tenha começado no século 19 com o linguista Michel Bréal, os estudos sobre a significação das palavras remontam à Antiguidade. Retomo o tema da significação das palavras porque, dos diversos ramos dos estudos linguísticos, é um dos que mais atraem o público não especialista. O que explica isso? Primeiramente, saber o Leia mais

O que é ler

O que é ler

A leitura é essencial para o desenvolvimento intelectual, funcionando como alimento para a mente. Ela envolve uma interação entre o leitor e o texto, sendo influenciada por objetivos específicos. Na sociedade moderna, a pressa afeta negativamente o hábito de ler, e é fundamental abordar a leitura com paciência para uma compreensão adequada.

Crise na linguagem

Crise na linguagem

1 minuto Em 1981, a professora da Faculdade de Educação da USP, Maria Thereza Fraga Rocco, publicou pela Editora Mestre Jou, o livro Crise na linguagem: a redação no vestibular, resultado de sua tese de doutoramento naquela instituição. Na obra, Rocco analisava problemas nas redações de vestibulandos da Fuvest. A preocupação da autora não foi apontar desvios ortográficos, “erros” de concordância, regência etc., mas chamar a atenção para problemas de estruturação dos textos, como falta coerência e de nexo lógico entre segmentos do texto Leia mais