Língua falada e língua escrita

Tempo de leitura: 19 minutos

As línguas podem se manifestar na modalidade falada ou escrita, lembrando que há línguas que não possuem sistema de escrita. São as chamadas línguas ágrafas.

A escrita não é mera reprodução da fala. Língua falada e língua escrita são sistemas diferentes, cada qual com características próprias. Na fala, há recursos que não existem na escrita, como a gesticulação e as expressões faciais, que podem alterar o sentido daquilo que é falado. Por serem sistemas diferentes, não tem sentido falar que um seja melhor que o outro. Embora sejam modalidades diferentes de uso da língua, as fronteiras entre fala e escrita, muitas vezes, não são precisas. Quando trocamos mensagens via WhatsApp, usamos a língua escrita; mas, muitas vezes, estamos de fato conversando. Nesse caso, o escrito e o oral se mesclam.  

São várias as diferenças entre língua falada e língua escrita. A principal delas diz respeito ao processo de interação entre os sujeitos. Nesse sentido, é sempre importante lembrar que a língua é veículo pelo qual os sujeitos interagem. A marca fundamental da língua é o dialogismo. Ao tomar a palavra, todo sujeito constitui um tu com o qual interage, seja pela língua falada, seja pela língua escrita.

A língua escrita é posterior à falada. Há pessoas que nem chegam a aprender a modalidade escrita e isso não as impede de fazer uso da língua com competência em seus atos de comunicação. A forma de aquisição da fala e da escrita também é diversa. A língua falada é aprendida naturalmente pelo convívio com outros falantes; a língua escrita, na maioria das vezes, é aprendida por um processo de escolarização. Das duas modalidades, a fala e a escrita, a primeira é muito mais usada que a segunda, falamos (e ouvimos) muito mais do que lemos e escrevemos. Isso talvez justifique o privilégio que se dá à língua escrita. Há, no entanto, um ponto comum entre língua falada e língua escrita: ambas variam.

Antes de prosseguir, é preciso desmistificar uma ideia do senso comum e que, portanto, não tem qualquer fundamento científico. A afirmação de que a escrita tem regras, é organizada, planejada, estruturada, coesa e marcada pela formalidade; ao passo que a fala não apresentaria regras e que seria caótica, desorganizada, fragmentada e informal. Essa é uma ideia falsa que levou muita gente a hipervalorizar a escrita e a desprestigiar a fala. Essa ideia falsa encontrou respaldo na própria concepção da gramática tradicional, que tomou como padrão de boa linguagem o texto escrito.

É sempre importante lembrar que todas as variedades da língua, seja falada ou escrita, apresentam normas, ou seja, seguem regras. Formalidade e informalidade estão relacionadas ao gênero e à situação comunicativa, ou seja, há textos escritos marcados pela informalidade e textos falados muito formais.

Em uma conferência ou entrevista de emprego, o uso da língua falada se caracteriza pela formalidade. Isso se deve às convenções desses gêneros textuais. Em postagens em redes sociais, mensagens via WhatsApp e bilhetes, costuma-se usar a língua escrita sem maiores formalidades, normalmente na variedade popular. Trata-se de uma escrita com baixo grau de monitoramento.

A diferença básica entre língua falada e língua escrita consiste no modo como se dá a interação. Na língua falada, a recepção é online, isto é,  falante e ouvinte estão presentes no ato da comunicação, facilitando a interação, na medida em que possibilita àquele que fala observar a reação do interlocutor em tempo real, ou seja, ele pode saber se o que fala está sendo ou não interessante para o ouvinte, ou se este está ou não compreendendo o que fala. Em virtude disso, pode solucionar problemas de comunicação em tempo real, alterando o rumo de sua fala. O ouvinte pode, se quiser, interromper aquele que fala para pedir esclarecimentos. ou para que ele repita algo. O texto falado, portanto, está em permanente construção para o que contribuem tanto o falante quanto o ouvinte.

Um exemplo típico de texto falado é uma aula expositiva. Nela, o estudante pode interromper o professor, solicitando que este repita alguma coisa, que explique algo ou que fale mais alto. Não é um texto pronto, mas um texto construído na interação pela participação conjunta e cooperativa de falantes e ouvintes, papéis que se alternam. O professor, que é falante a maior parte do tempo, passa a ser ouvinte quando o aluno toma a palavra e este, que era ouvinte, passa a ser falante.

O texto falado

Texto é um todo de sentido que estabelece comunicação entre sujeitos. Os textos apresentam dois planos: um conteúdo (aquilo que se diz) e uma expressão (uma linguagem qualquer). A separação entre expressão e conteúdo é meramente didática; na prática esses planos do texto não se separam, são como o verso e o anverso de uma folha de papel. Nos textos verbais, o plano da expressão pode ser tanto a língua falada quanto a língua escrita. Há, portanto, dois tipos de texto (levando-se em conta o plano da expressão): o texto escrito e o texto falado. Quanto a esse último, interessa-nos a conversação. Mais do que um tipo de texto que faz parte da vida cotidiana, trata-se de uma prática social que favorece a interação e a troca de experiências.

A conversação é um texto que se presta a práticas discursivas as mais heterogêneas. Em outras palavras, ela serve a diversos propósitos comunicativos e estabelece diversas formas de interação entre os parceiros. Numa consulta médica, por exemplo, há uma certa assimetria entre os interlocutores, marcada pela relação médico / paciente. A conversa tende ao formalismo, em que ocorrem trocas verbais do tipo pergunta / resposta delimitadas aos objetivos da consulta. Trata-se de uma conversação pouco espontânea e marcada por certo formalismo, que se pode observar no tratamento empregado: doutor, o senhor, a senhora.  

Outro tipo de conversação é aquela em que um dos interlocutores visa a persuadir o outro a fazer algo, como na que ocorre entre vendedor e comprador. Nesse tipo de conversação, um dos interlocutores tenta convencer o outro a fazer algo. O vendedor quer que o comprador adquira o produto e, para isso, manipula o comprador por meio de estratégias argumentativas se vale de procedimentos argumentativos que visam seduzir o comprador das vantagens da compra.  

Há ainda a conversação informal, muitas vezes uma simples troca verbal, sem propósitos comunicativos definidos, como ocorre no bate-papo espontâneo sobre assuntos do cotidiano entre colegas e familiares. Como esse tipo de conversação é marcado pela informalidade, ela apresenta baixo grau de monitoramento e planejamento. Nesse tipo de conversação, interagem dois ou mais interlocutores que se alternam constantemente, falando sobre assuntos da vida cotidiana. Seja qual for o tipo de conversação, ela será sempre resultado da cooperação dos participantes, ou seja, o texto sempre resulta da ação coordenada de mais de um sujeito.

Cada vez que alguém toma a palavra constitui um eu e inaugura um turno de fala. A troca de turno é essencial para que haja conversação. Se apenas um dos locutores usar a palavra, temos monólogo e não conversação. Os turnos de fala têm extensão variável: um dos interlocutores pode apresentar uma fala extensa que ocupa alguns minutos e o outro, ao tomar a palavra, dizer um simples vocábulo como sim, concordo, claro.

Para que haja conversação, é essencial que a interação esteja centrada num tema, que pode ser alterado durante a conversação. Quando não há centralização num tópico, não há conversação; mas, como se diz popularmente, uma “conversa sem pé nem cabeça” ou “uma conversa de doidos”. Não é necessário que a interação seja face a face. Uma conversa telefônica ou um bate-papo pela internet também são formas de conversação. É necessário ainda que os interlocutores partilhem conhecimentos comuns e que haja cooperação entre eles, ou seja, é preciso que ambos ajam no sentido de que a conversação prossiga. Aqui, se aplica o ditado: quando um não quer, dois não brigam.

Uma das regras básicas do texto conversacional é: cada um fala na sua vez, ou seja, quem fala deve respeitar o turno do outro, ou seja, deve-se esperar que aquele que está com a palavra termine sua fala para se tomar a palavra, inaugurando um novo turno e assim sucessivamente. A regra é: não deve haver superposição de vozes, pois o que caracteriza a conversação é o diálogo, isto é, a alternância eu / tu.

Na prática, nem sempre as pessoas obedecem a essa regra, pois há o que chamamos “assaltos ou roubadas de turno”. Isso se dá quando um dos falantes assume a fala e o outro ainda não terminou a sua. Nesse caso, um eu se superpõe a um outro eu, e isso é considerado uma infração conversacional, pois fere as convenções do gênero. Em muitas entrevistas, o entrevistador “rouba” o turno de fala do entrevistado não permitindo que este conclua o que estava falando.

Por não ser planejada, a conversação apresenta truncamentos, hesitações, interrupções, repetições, reformulações, que passam a fazer parte do texto. Isso significa que, do ponto de vista da organização da frase, há diferenças na estrutura sintática das orações de um texto conversacional e de um texto escrito. Nem sempre, na conversação a frase apresenta a estrutura padrão, sujeito, verbo, complemento, estruturando-se muito mais por princípios comunicativos do que sintáticos.

No texto escrito, as reformulações feitas pelo autor não aparecem, pois são apagadas antes da publicação. Com os processadores de textos, a menos que o autor salve as diversas versões do texto, fica impossível descobrir o que foi alterado. Quando lemos um texto escrito publicado, temos consciência de que ele não saiu da cabeça do autor daquele jeito; pelo contrário, o que está publicado foi fruto de várias revisões e reformulações feitas pelo próprio autor ou por profissionais que têm a função de revisar e preparar textos. A leitura de um texto escrito, na maioria dos casos, é a leitura da versão final que o autor deu a ele.

Na conversação também há correções e reformulações,  mas, ao contrário do texto escrito, elas não são apagadas e passam a fazer parte do próprio texto. São exemplos de expressões usadas para fazer correções: desculpe, me enganei, minto, corrigindo etc.  Na conversação, estão presentes também palavras e expressões que não integram o conteúdo do texto e que são usadas para marcar a interação. São os chamados marcadores conversacionais, como: né?, tá bom?, certo?, entende?, então, , olha, sabe, viu, quer dizer, daí, não é?  etc., que não devem aparecer no texto escrito, a menos em casos que se pretenda reproduzir a fala de alguém exatamente da forma como ela foi dita (discurso direto).

A conversação é um texto e, como qualquer texto, deve manter a coerência, por isso, quando se vai mudar o tópico discursivo (aquilo sobre o que se está falando), se costuma indicar isso por meio de marcadores conversacionais, como mudando de assunto, mudando de pato pra ganso entre outros. Há marcadores conversacionais usados para resumir (e muitas vezes encerrar) um tópico discursivo, como em suma, resumindo, por fim etc.

No texto conversacional, ocorrem também palavras e expressões que têm por fim verificar se a comunicação está se processando normalmente, como tá escutando?, tá entendendo?  e interferências do ouvinte pedindo esclarecimentos, como repete isso, explique melhor, não ouvi, como assim?. Há ainda pausas para reorganizar a fala e hesitações que interrompem a fala, expressas por sons como , ixi, eh etc. Esses sons também podem ser usados pelo ouvinte para manifestar concordância, dúvida etc.

Como no texto escrito, a conversação tem um começo, um meio e um fim. O texto conversacional é estruturado normalmente em três seções:

  1. abertura: contato inicial em que os interlocutores se apresentam (se não forem conhecidos uns do outros) e se cumprimentam: Olá, Bom dia!, Muito prazer!, Seja bem-vinda etc. Na conversação telefônica, a regra é: fala primeiro o que recebe o telefonema. As formas mais comuns são: Alô!, Pronto!, Sim, Com quem quer falar?. No caso de empresas, quem recebe diz o nome da empresa, seguido do comprimento e de uma pergunta: Em que posso ajudá-lo?, Com quem desejaria falar?. Se quem recebe o telefonema fala primeiro, quem propõe o tema é quem fez a chamada.
  2. desenvolvimento: a conversação propriamente dita em que os interlocutores agem cooperativamente trocando ideias, opiniões, experiências etc., fazendo perguntas, solicitando informações, esclarecendo dúvidas sobre os tópicos da conversação, entre outras coisas. Muitas conversações se organizam na estrutura pergunta / resposta.
  3. fecho: encerramento da conversação com as despedidas: Vamos parar por aqui?, A gente continua outra hora, Obrigado, Até mais, A gente se vê, Até a próxima, Um abraço etc. Nos telefonemas particulares, a inciativa do fechamento é, em geral, de quem fez a ligação. No caso de telefonemas comerciais, não há regra fixa, podendo a qualquer uma das partes encerrar a conversação.

Nos textos escritos, a recepção é diferida, isto é, não ocorre no momento em que o texto é produzido, mas posteriormente e, para a sua produção, quem escreve tem tempo para organizar seu texto, o que não ocorre na conversação. Texto escritos e textos falados têm contextos de produção e de recepção diferentes. É sempre bom lembrar, no entanto, que a interação não é exclusiva dos textos falados.

Evidentemente, essas diferenças podem não aparecer ou serem bastante atenuadas. Em uma conferência, as convenções do gênero obrigam que o uso da língua seja formal. Embora seja um texto falado, nesse gênero de texto não é comum que se interrompa aquele que fala. Não há turnos de fala, como na conversação.

Em outros casos, ocorre a oralização do texto escrito. Isso se dá quando o conferencista lê em voz alta um texto escrito previamente. Nos telejornais é comum a oralização. Muitas vezes, o apresentador lê um texto previamente escrito, que lhe é mostrado em um aparelho chamado teleprompter. O uso desse recurso dá a impressão aos espectadores de que o apresentador está falando.

Se há diferenças entre textos falados e textos escritos, há também semelhanças e elas se tornaram ainda mais visíveis em gêneros da internet com grande possibilidade de interação, como conversas on-line, trocas de mensagem pelo WhatsApp, fóruns de debates, comentários a postagens etc.

Textos híbridos são aqueles que mesclam língua falada e língua escrita. Com a internet,  textos desse tipo se multiplicaram. Exemplo típico de texto híbrido é o chat, que nada mais é que forma moderna do antigo bate-papo.  No chat, os parceiros da conversação digitam (portanto escrevem) textos carregados de marcas de oralidade.

No quadro abaixo, apresentam-se exemplos de gêneros textuais da língua falada e da língua escrita.

Língua faladaLíngua escrita
conversação pessoal espontâneareceitas médicas e culinárias
conversação telefônicapanfletos e volantes distribuídos na rua
entrevistas pessoaisentrevistas em jornais e revistas
consultas médicasleis e decretos
debateatas e ofícios
noticiários de rádio e TV ao vivoescrituras públicas
aulanotícias, artigos, editoriais em jornais e revistas
 manuais de instrução
 diversas modalidades de carta (familiar, comercial, aberta)

Alguns gêneros podem se manifestar tanto por meio da língua falada quanto da língua escrita. Avisos, por exemplo, podem ser expressos por meio das duas modalidades. Há ainda aqueles em que sequer se emprega linguagem verbal, como os que a mensagem é veiculada por ícones.

Marcas da fala na escrita

A oposição entre língua falada e língua escrita não deve ser vista de forma excludente, uma vez que é muito frequente textos escritos trazerem marcas da oralidade e textos falados que apresentarem marcas da língua escrita. A contaminação da fala na escrita é fenômeno comum; o inverso, embora não tão frequente, também ocorre. Textos da esfera jurídica são exemplos disso.

Advogados e promotores fazem uso das palavras em tribunais para sustentar seus argumentos. É a chamada sustentação oral. No entanto, ao sustentarem oralmente seus argumentos, a linguagem desses operadores do Direito é fortemente contaminada pela língua escrita.

Casos de oralidade em textos escritos podem ser observados em textos em que o autor reproduz, ou tenta reproduzir, as palavras de outrem exatamente como ele as teria tido. É o que ocorre, por exemplo, em textos literários em que o narrador dá voz a uma personagem e reproduz sua fala com os modismos característicos, valendo-se do discurso direto. Nas crônicas, um gênero ligado ao cotidiano, que comumente faz uso da variedade popular da língua, as marcas de oralidade são recorrentes.

As reproduções da fala de outrem não são exclusivas de textos literários e jornalísticos. Em diversos textos escritos, podem ser observadas marcas de oralidade, atentando-se para o fato de que nem sempre quem os escreveu tem consciência disso. Embora as marcas de oralidade na escrita sempre tenham existido, com as redes sociais elas se tornaram bastante comuns. Contribuem para isso:

  1. o caráter informal dos gêneros nas redes sociais: um post, um zap, um comentário a uma postagem, embora escritos, são marcados pela informalidade. Normalmente, enviam-se zaps para pessoas ou grupo de pessoas com as quais se tem relação mais próxima (amigos, parentes, namorado(a).
  2. o caráter conversacional das postagens em redes sociais e mensagens de WhatsApp. Embora a recepção, como em todo texto escrito, seja diferida, pelo fato de as pessoas estarem conectadas à internet o tempo todo, faz com a resposta a um zap ou a um tuíte seja praticamente imediata. Nas redes sociais as pessoas conversam em tempo real e, portanto, fazem uso de uma linguagem característica de textos conversacionais, isto é, escrevem como se estivessem falando. As fronteiras entre fala e escrita se dissolvem e o texto escrito passa a apresentar as características do texto falado.

As marcas de oralidade no texto escrito não são exclusividade de textos do mundo digital. Elas estão presentes nos mais diversos gêneros, inclusive em textos da esfera literária, jornalística e pedagógica. É comum estudantes produzirem redações escolares, até mesmo, em situações de exame, em que a escrita está contaminada por marcas de oralidade, tais como:

•  uso de marcadores conversacionais como né?, viu?, certo?, sabe? etc.

• uso de expressões populares e gírias: fique na boa, não esquenta, na maior, beleza!, massa! etc.

• redução de palavras: pra (no lugar de para), pro (no lugar de para o), (no lugar de estou), tava (no lugar de estava), peraí (no lugar de espere aí, com sentido equivalente a ‘uma pausa’, ‘um momento’).

• estrutura sintática quebrada. Inicia-se uma frase, mas antes de concluí-la o autor opta por outra, de sorte que a frase que se iniciou fica quebrada. Um exemplo: Os artigos que serão enviados para publicação, o prazo final será dia 31 de janeiro impreterivelmente.

• reforço da negação: Não vou fazer isso não, Ele não vem hoje não.

• repetição do pronome interrogativo que: Que que você respondeu?, Não ficou claro por que que ele agiu dessa forma

• reforço dos pronomes interrogativos por meio do expletivo que: Que que você quer?; Quem que fez uma coisas dessas? Quanto que custa isso? Onde que você mora?


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2 Comentários


  1. Muito bom, com exemplos atuais e variados.
    Serve não só para aulas da matéria, mas para enviar às vestais patrulheiras da gramática que insistem em “corrigir” marcas de coloquialidade nos posts de redes sociais. E nas conversações.

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