A ovelha negra

4 minutos Por Ernani Terra © “O governo era uma associação de delinquentes vivendo à custa dos súditos…” (Italo Calvino) Li anteontem, na seção de reclamações de leitores da Folha de S. Paulo,  a carta de um leitor afirmando que não consegue encontrar, na rede de concessionárias de veículos da marca X, um par de lanternas para seu carro que haviam sido furtadas. Bingo! Não há lanternas na concessionária, cresce o número de furtos desse acessório, impulsionando um mercado paralelo de fornecimento de lanternas Leia mais

Papa Hemingway

Papa Hemingway

5 minutos Por Ernani Terra  © Encontrei ontem meio escondido na Netflix Papa: Hemingway in Cuba, filme recente (2016) do diretor Bob Yari, com Adrian Sparks no papel de Hemingway, e Giovanni Ribisi, no papel do jornalista Ed Mayers. Hemingway, em seus contos, muitas vezes “apaga” o narrador, cuja função passa a ser mínima, usado apenas para indicar quem fala o quê. Chamamos a isso de modo dramático de narrar, na medida em que se assemelha a uma representação teatral, em que tomamos contato com Leia mais

Sylvia Plath

Sylvia Plath

menos de 1 minuto Depois de muito tempo fora de catálogo, chega às livrarias a 2a. edição de Os diários de Sylvia Plath, num volume de 824 páginas, publicado pela Editora Biblioteca Azul, com tradução de Celso Nogueira. Acesse pelo link http://folha.com/no1947038 entrevista que Karen V. Kukil, curadora das coleções especiais de Smith College, concedeu ao jornal Folha de São Paulo.  

Um homem célebre sem qualidades

3 minutos O ano que termina foi excepcional para mim: dois livros publicados, dois outros prontos para serem lançados em 2018, três artigos publicados, congressos, viagens, novos amigos. Não posso reclamar que ele termine para mim um pouco melancólico. A melancolia me traz à memória o Pestana, “Ah! o senhor é que é o Pestana?”. Esse Pestana é o Pestana, compositor de polcas, personagem do conto Um homem célebre, de Machado de Assis, que começa exatamente pela frase que reproduzi anteriormente. Se ainda não Leia mais

A rainha das conjunções

3 minutos   Tive um fim de semana triste. Melancólico, comecei a sentir saudade do que deixei de ser: um professor que não ensinou algumas coisas que, com o passar dos anos, vim a aprender. Coisas simples, como as conjunções, aquelas palavrinhas que usamos para relacionar orações: porque, quando, se, ou, logo, caso, enquanto, embora, etc. e que nos permite organizar o discurso. Hoje, descobri que, como as abelhas, as conjunções têm uma rainha: a concessiva, que paira soberana sobre todas as outras, que Leia mais