Língua

Algumas reflexões sobre erro

5 minutos Há um certo tipo de pessoa que se põe no papel de guardião da língua. São indivíduos que, por terem recebido educação formal, acham que podem opinar sobre questões de língua, embora não tenham nenhum conhecimento linguístico. O pior é que os grandes veículos de comunicação dão guarida a essa gente que vive a apontar erros na fala dos outros e a ditar regras sobre o que é certo ou errado em matéria de língua. Os próprios jornais são extremamente críticos em Leia mais

Cândido, o candidato cândido.

3 minutos Aproximam-se as eleições, a temperatura sobe mais ainda e um antigo colega de escola me manda uma mensagem dizendo que o ex-ministro do STF, Ayres Britto, teria declarado que o candidato tem de ser uma pessoa cândida e me pede a opinião sobre isso. Pressuponho que meu colega não queira ouvir minha opinião política, se eu prefiro o candidato A ou B. Creio que ele se sentiu curioso em saber o que é um candidato cândido, ou se as palavras têm a Leia mais

A teoria dos atos de fala de John Austin e a linguagem jurídica

8 minutos Fui convidado pela Profa. Dra. Clarice Assalim a dar uma palestra para alunos da Faculdade de Direito de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Embora tenha formação em Direito, área em que cheguei a me formar, minha atuação profissional sempre esteve ligada à linguística e, mais recentemente, à semiótica discursiva. Que contribuição eu, como estudioso da linguagem e do discurso, poderia dar a estudantes de Direito? Imediatamente me ocorreu falar para eles sobre a linguagem em uso e me lembrei da Teoria Leia mais

Nesciência ou ignorância?

3 minutos Na semana passada, postei em minha página no Facebook texto em que discuto o sentido das palavras nesciência e ignorância. No artigo mostro que a diferença está diretamente ligada à modalidade epistêmica do dever saber, entre o obrigatório e o não obrigatório. Como várias pessoas me pediram autorização para reproduzir o artigo, optei por colocá-lo no blogue, na medida que este espaço não tem a efemeridade da linha do tempo da rede social. Segue então o post como apareceu no Facebook em Leia mais

Trabalhei feito um mouro ou moura?

4 minutos Escrevi este artigo há um ano em resposta a uma pergunta feita pela querida amiga Silvia Souza, companheira nos bancos das Arcadas da Faculdade de Direito do Largo São Francisco. Diz Silvia que sua mãe também usava a expressão “trabalhei feito um mouro” e pergunta se não seria “trabalhei feito uma moura”. Já tratei desse assunto num post anterior e convido os leitores a darem uma olhada em Queridxs amigxs. Sei que  vou mexer num vespeiro, correndo o risco de me acusarem de preconceituoso. Leia mais