Coesão (elipse, repetição e conexão)

6 minutos No último post falei sobre coesão por substituição. Ao final, me comprometi a voltar ao tema. Neste post, discorro sobre coesão por elipse, por repetição e por conexão). Coesão por elipse Antes de mais nada, quero deixar claro que a coesão por elipse é uma forma de coesão por substituição. Nesse caso, em vez de se substituir o termo por item lexical ou gramatical, faz-se a substituição por zero. Nesse caso, uma palavra ou expressão já apresentada no texto, é intencionalmente omitida Leia mais

Coesão

7 minutos Embora alguns autores não façam distinção entre coesão e coerência, entendo que são fatores de textualidade distintos e que, portanto, devem ser tratados separadamente. O argumento mais forte que sustenta esse ponto de vista é o fato de pertencerem a planos diferentes do texto. Enquanto a coerência diz respeito ao plano do conteúdo, a coesão é relativa ao plano da expressão, ou seja, ela se manifesta na superfície do texto. Como o plano da expressão de textos verbais é a língua, os Leia mais

Arábia

3 minutos Neste post, falo de um conto do irlandês James Joyce. Trata-se de “Arábia”, que faz parte do livro Dublinenses, publicado no Brasil pela BestBolso, com tradução de Hamilton Trevisan. Um narrador, corporificado no texto, filtra os acontecimentos, trazendo à lembrança um acontecimento da infância. Resumidamente segue a história. O menino, morador num bairro pobre, vive como toda pessoa de sua idade, brincando com os amigos na rua. Fora as brincadeiras, seu o prazer era espiar a irmã de um colega e, emocionado, Leia mais

Da amizade

3 minutos Dos textos literários que tratam do tema da amizade, gosto muito de uma novela pouco badalada de Nikolai Gógol (1809 – 1852) chamada A briga dos dois Ivans. Há em português uma edição da Grua Livros (2014, 96 p.), traduzida diretamente do russo por Graziela Schneider. O livro pertence a uma coleção muito boa chamada ‘A arte da novela’. São livros em formato pequeno, com preço bastante acessível, que trazem histórias curtas de autores diversos. Nessa coleção, podem ser encontrados, entre outros, Leia mais

Hipercorreção

3 minutos No artigo, chamo a atenção para um fato linguístico não raro. Muitos falantes, ao tentarem adequar sua fala aos moldes de uma norma prestigiada socialmente, fugindo da norma popular, que consideram feia e errada, acabam “corrigindo” formas em que não há “erro” algum, num procedimento que se denomina hipercorreção. Em decorrência da hipercorreção, há pessoas que falam e escrevem prazeiroso, bandeija e carangueijo. É fácil explicar por que elas “erram” ao tentar acertar. Esses falantes consideram “erradas” e feias pronúncias como pexe, Leia mais