Vaso grego

2 minutos Conversando com uma amiga, estudante na FFLCH, lembrei-me de um episódio ocorrido na Letras da USP na década de 1970. Certo aluno de cujo nome não me lembro, cursara a disciplina Literatura Grega I, ministrada pelo Professor José Cavalcante de Souza (UAU!!!). No curso, entre uma baforada e outra no cachimbo que teimava em apagar, o menino-aluno ficou encantando ao descobrir que “a tragédia grega, o ápice da cultura muderrna”, fora influenciada por ritos de passagem. Em êxtase, ouvia o barbudo cearense, falar Leia mais

Comumente é assim

Comumente é assim

1 minuto Em 1973, um jovem e entusiasmado aluno de Letras da FFLCH-USP, que também amava poesia, correu mais de uma vez ao Teatro Cacilda Becker para assistir a um espetáculo teatral, dirigido por Flávio Império, a partir de uma ideia de Walmor Chagas (1930 – 2013), chamado Labirinto: balanço da vida. Walmor, sozinho em cena, dizia poemas (ou trechos de poemas) de vários autores, como Fernando Pessoa, Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Rimbaud, D.H.Lawrence, José Régio. Até hoje, 46 anos passados, o Leia mais

Arquivo das crianças perdidas

1 minuto O melhor da literatura latino-americana contemporânea tem vindo de autoras mexicanas. Gosto muito de Guadalupe Nettel, de Beatriz Rivas e de Valeria Luiselli, cujo romance Rostos na multidão (Alfaguara) foi muito bem recebido entre nós. A mexicana chega agora com novo livro, lançado no Brasil novamente pela Alfaguara, Arquivo das crianças perdidas. Num carro, um casal com os dois filhos de casamentos anteriores, um menino de 10, filho dele, e uma menina de 5, filha dela, vão de Nova York para o Leia mais

Sobre colocação dos pronomes

2 minutos No artigo, trato do caso do emprego de pronomes oblíquos átonos (me, te-, se, nos, vos) abrindo a frase, o que causa urticária em muitos gramáticos que, espumando, condenam um uso mais que sacramentado. Em outras oportunidades, já me manifestei sobre isso, afirmando que, tirante algumas construções que se cristalizaram, como os anúncios do tipo Vende(m)-se casas, Aluga(m)-se apartamentos, Precisa-se de pedreiros (não vou entrar aqui na discussão se casas é sujeito, se o verbo deve ir para o plural ou não), Leia mais

Avalovara

3 minutos Na década de 1970, eu cursava Letras clássicas na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FLCH-USP.) Embora, durante ao que hoje equivale ao Ensino Médio, não gostasse muito das aulas de língua, fui fazer letras porque era apaixonado por literatura e lia tudo, desde os clássicos, até as obras novas que eram lançadas. Creio que se publicava menos literatura brasileira que hoje, pois não me lembro de muitas obras literárias de autores nacionais publicadas naquela época. Leia mais